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sábado, 12 de março de 2011

sibá machado

Sibá Machado não esconde de ninguém que gostou da experiência de ser senador
SibSibá Machado está cogitado para ser o candidato da FPA à Prefeitura de Rio Branco (Foto: A Gazeta)Deputado federal eleito com 25 mil votos, Sibá Machado (PT-AC) irá cumprir uma nova missão no Congresso Nacional se valendo da experiência política e administrativa acumulada nos mais recentes anos. Ele foi senador por cinco anos e meio ocupando a vaga de Marina Silva (PV/AC). Depois ocupou cargos executivos nas gestões públicas e privadas e aperfeiçoou sua formação acadêmica através de um mestrado. A partir de 1º de fevereiro terá que disputar espaço entre 513 parlamentares na Câmara Federal
Possível disputa para o Senado
Sibá Machado não esconde de ninguém que gostou da experiência de ser senador. Obviamente sonha com um retorno. “O Senado me ensinou muito e me sinto preparado para um novo mandato se acontecer. Passei pela pior fase de uma experiência parlamentar do PT no Governo Central que foi a convulsão do Caso Mensalão. Um momento delicado para todos nós, mas especialmente para mim que estava recém-chegado na Casa e com pouca experiência parlamentar”, lembrou.
Para superar as dificuldades de substituir Marina Silva, Sibá, procurou se qualificar. “Participei de muitas atividades no Senado que ninguém esperava. Estive nas principais comissões, fui vice-líder do Governo e da bancada. Membro titular da Comissão de Orçamento. Relator do Plano Plurianual do primeiro mandato do Lula (PT). Tive que entender o mínimo da linguagem de economia. Tudo isso me deu o entendimento que o problema não é estar no Senado, mas como chegar lá. Uma eleição para o Senado é complexa e requer o mínimo de apoio dentro do PT e da FPA. É mais complicado se eleger senador do que o exercício do mandato. Assim me sinto preparado para uma missão dessas”, afirmou.
Novos desafios da carreira política
Indagado se toda a expe-riência acumulada lhe inspira a vôos mais altos, Sibá, confirma. “Me sinto em condições.  Nesses anos aproveitei para fazer um estágio como diretor do Sistema de Cooperativa do Acre e do Brasil do qual sou diretor. Estive em vários estados brasileiros, na Itália e na Espanha aprofundando o conhecimento sobre cooperativismo. Aproveitei e fiz um mestrado em desenvolvimento regional na Ufac. Pude entender melhor as teorias econômicas e o desenvolvimento de locais mais pobres. O nosso Estado é o segundo mais pobre do país, mesmo com tudo que foi feito nos mais recentes governos e temos que promover um desenvolvimento específico. Tenho procurado me colocar a disposição para que qualquer tarefa que me for pedida possa ser bem sucedida”, avaliou.
Disputa da Prefeitura de Rio Branco
O novo deputado não concorda com setores da oposição que acham que terão uma vitória eleitoral na Capital, em 2012. “Vamos entender que oposição, por conta do recente resultado eleitoral, está vivendo um momento de êxtase. Vale sonhar e jogar o pensamento lá para cima. Isso é positivo, é da política. Mas haverá um embate. Vamos ter uma ação de governo levando em conta o resultado eleitoral. O Tião está visitando todos os lugares e a presença dele está muito positiva. A gente vê que em poucos dias ele agradeceu a sua eleição já levando resultados práticos do seu governo. Uma das suas ousadias é dizer que nesses quatro anos todas as cidades do Acre terão os seus problemas de ruas resolvidas. Além do processo de trabalho e das promessas de bolsas de estudos para inserção social dos jovens. Vamos pensar na escolha das pessoas para as prefeituras. O PT tem uma série histórica em Rio Branco. Vamos escolher alguém para renovar”, garantiu.
Sibá Machado não descarta a possibilidade de vir a concorrer às eleições municipais. “É uma tarefa como qualquer outra. Mas não é um passeio. É a Capital do Estado que tem a metade da população e tem que ser visto qual é projeto. Claro que se receber um convite dessa natureza estarei à disposição. Mas isso é uma coisa muito delicada e tem que ser pensada em detalhes com todo mundo envolvido. Porque se tiver que ter disputa não terá a menor condição ainda mais que Rio Branco terá segundo turno e tudo isso tem que se levar em consideração. A Dilma e o Tião indo muito bem ajudará, mas terá que haver a unidade da FPA”, considerou.
Foco do novo Governo do Estado
Questionado sobre as diretrizes do novo Governo do Acre, Sibá, explicou: “o Jorge Viana (PT) melhorou a auto-estima do funcionalismo público pagando os salários em dia e criando os planos de carreira, além de melhorar a nossa infra-estrutura. O Binho (PT) avançou um pouco mais no social. O Tião Viana tem a tarefa de avançar na indústria. A sua marca deverá ser a industrialização do Estado. Nenhuma fábrica parada das que já existem e aumentar ao máximo as indústrias que estão sendo pensadas. Criaram a ZPE que é uma zona franca industrial que terá que exportar pelo menos 70% de tudo que produzir. As novas indústrias virão não apenas com a matéria-prima local, mas com eletrônica e mecânica. Devemos pensar em ter uma fábrica de pneus para trabalharmos a exportação e potencializar o reflorestamento do nosso Estado. A gente vê que o Tião está convencido desse caminho”, salientou.
Infra-estrutura para o crescimento
A chave desse processo passa pela melhoria de fornecimento energético no Estado e a construção de um novo aeroporto na Capital. “A nossa energia não pode falhar mais porque não dá para pensar em industrialização sem qualidade. Temos que melhorar as nossas estradas e mudar o nosso aeroporto de Rio Branco que está condenado. Lá está tudo errado. Se tivermos cargas de alto valor agregado precisaremos de aviões cargueiros pesados que não podem, atualmente, pousar. Isso tudo são tarefas que Tião vai ter que correr atrás”, induziu. 
Energia eólica, solar e biomassa
Sibá é a favor do uso de fontes renováveis de energia. “Vender energia é um dos produtos mais interessantes com alto impacto de distribuição de renda local. Na situação do Acre poderíamos pensar no lixo que poderia ser reaproveitado com uma parte para reciclagem. O aterro de Rio Branco foi pensado para enterrar o lixo. Poderíamos trazer todo o lixo do entorno. Mas defendo a idéia de que não para enterrar, mas transformar em energia. Uma usina poderá realizar a tarefa. Estaríamos fazendo um favor ao meio-ambiente e às prefeituras que são constantemente multadas por não saberem o que fazer com os detritos”, argumentou.
A produção energética poderá ser um bom negócio, segundo o deputado. “Se a gente observar toda a indústria madeireira do Estado sempre há um resíduo. Além disso, temos o bagaço da cana da Álcool Verde. Deveríamos centralizar tudo num ponto para gerar energia. São caminhos que deveríamos retomar nos próximos quatro anos. As comunidades isoladas não deveriam estar preocupadas em puxar fio, mas ter pequenas usinas gerando energia e empregos. Se colocássemos uma usina em Cruzeiro do Sul de 10 MW distribuiria R$ 62 milhões de renda na economia local”, defendeu.

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